A irlanda é uma opcão perfeita para quem quer desfrutar de paisagens lindas e verde em abundância, especialmente no sudoeste da ilha esmeralda onde a rota de Ring of Kerry não é apenas a melhor alternativa para explorar as belezas que esse lugar oferece como também a mais bela. Os 179 km de estrada passa por várias cidades e você encontrará ao longo do caminho montanhas, lagos, parques, praias, campos verdes, ruínas de castelos medievais, fortes e muito mais. Não é exagero dizer que esse lugar é incrível!
Para embarcar nessa aventura o ideal é viajar de carro, pois serão necessários pelo menos dois dias para completar a rota parando nos principais pontos e curtindo o visual. Há também algumas agências que oferecem passeios alternativos. O melhor período para curtir a viagem e fotografar belas imagens é entre abril e setembro, onde você encontrará parte dos atrativos em funcionamento. Uma boa dica é pegar dias não chuvosos, ou melhor, tempo bom, onde só assim será possível desfrutar melhor a viagem, o que é mais provável no verão. Mas, isso não impede a aventura, com frio ou não, o que importa mesmo é curtir!
O início da jornada começou às cinco da manhã, pois levamos cerca de quatro horas para chegar ao primeiro destino Killarney, no condado de Kerry e quase o mesmo tempo para o sol nascer. Isso porque em outubro o nascer do sol se dá por volta das 8:30 da manhã. Uma curiosidade, o condado de Kerry engloba várias cidades, é por isso que a rota leva o seu nome, então você visita uma média de nove cidades ao passar pelo anel.
Lá chegando, visitamos o Killarney National Park, com mais de 10.000 hectares, o parque simplesmente é a principal atração da cidade.
Com lagos, montanhas, e castelo aberto ao público, o espaço é um cenário de vida selvagem à céu aberto. Ao longo da trilha, é possível encontrar viados e outros animais que fazem do parque seu habitat.
O castelo de Ross é uma atração à parte, ele é considerado um exemplo típico de Fortaleza da Idade Média, provavelmente fundado no século XV, e permanece majestoso desde então.
A caminhada iniciou da Catedral de Killarney, que vale uma parada pra foto, e fica a 2 km do parque.
Para quem quer vivenciar o passado, passeios de carruagem são oferecidos logo na entrada do parque, há cem anos a atividade é realizada por famílias locais. Nós fizemos o trajeto à pé, mas a charrete faz o passeio completo, vale a pena. O ticket para entrar no castelo custa 4 euros, e para estudante 2 euros, há também a visita guiada e um passeio de barco para uma ilha ali perto.
Após umas três horas explorando o parque, ainda saimos com a impressão de que não havíamos visto tudo. Descemos para Kenmare, e no caminho passamos por Waterville, lugar conhecido por ser o destino de férias de verão de Charles Chaplin, logo ali perto há uma estátua em homenagem ao artista. Logo em seguida partimos para o próximo destino o Staighe Fort, uma jóia perdida do período céltico, trata-se de uma construção feita de pedras em forma de círculo e que provavelmente servira como um centro tribal.
Um prato cheio para quem gosta de história. É possível subir até ao topo e ter uma vista fantástica de toda a área, embora algumas placas em gaélico dê algumas instruções a respeito.
Encontramos essa curiosa exposição, o artista deixou ao lado um cofre e o valor anunciado. Isso realmente funciona por aqui...
Seguimos direto para skellig chocolate factory, que é uma fábrica de chocolates aberta ao público, inclusive para degustá-los. A Skellig é uma fábrica pequena, mas super criativa, as gostosuras são feitas de diversas formas, inclusive em forma de sapato dentre outras especialidades comestíveis. Ouvimos falar tão bem do lugar que estavámos ansiosos, mas para nossa surpresa a fábrica estava fechada no fim de semana, isso porque os horários são diferenciados entre outubro e março.
Mas, para não perder a viagem, paramos em uma praia perto dali que até podemos chamar de cliffs, não são tão altos como os famosos cliffs de Moher, mas a vista é de encher os olhos.
Fica há alguns metros da Skellig chocolate. Na ocasião, contemplamos o pôr-do-sol, e de fato a viagem se tornou completa para aquele dia.
Próximo dali tem uma ilha chamada Valentia em Portmagee, que não chegamos a ir pois o tempo não nos permitiu, mas eu super recomendo, com um pouco mais de tempo, você se planeja para fazer a travessia de ferry, que só em olhar de longe é possível testificar sua beleza. Para saber como funciona, clique aqui.
Para facilitar a jornada resolvemos parar em Cahersiveen, lá já tinhamos reservado a acomodação Sive hostel, pequeno mas aconchegante, e com café da manhã incluso. O legal é a localização, pois fica na rua principal da cidade que fica próximo do supervalue, um supermercado acessível, lojas e é claro pubs há dois minutos.
Antes de sair da cidade, você não pode deixar de visitar o Daniel O'connell Memorial Church, O'connell foi chamado de "o libertador " ele nasceu e desenvolveu sua carreira política em Cahersiveen e trouxe a emancipação Católica no conturbado século XIX. A entrada é franca e o local provoca admiração em qualquer turista!
Seguindo viagem, passamos por Inch beach, por lá o surf é bem comum, há escolas desse esporte e esquipamentos para serem alugados para a prática. Apesar de não termos visto onda, segundo locais a praia é bem frequentada pelos amantes deste e outros esportes.
Dingle é nossa próxima cidade! Há agências que oferecem passeios para ver os golfinhos, e lá é quase certo vê-los. Não fizemos o passeio pois estava muito frio! Mas, aproveitamos e assistimos uma espécie de campeonato de barcos a vela.
Mais ao leste de Dingle vamos encontrar o Gallarus Oratory, monumento construído por volta de 1300 e já resistiu as intempéries do tempo e às invasões vikings e normans. Ele foi construído por cristãos que levavam uma vida simples e o edificaram com pedras sobrepostas. Ali também encontramos uma pedra tão antiga quanto o Oratory, logo ao lado. Andamos mais alguns metros e visitamos um castelo bem conservado da famosa família Frizgerard, que por muitos séculos aquele recinto serviu de abrigo para muitas gerações desta família.
A famosa pedra! É incrível imaginar que depois de tantos séculos ela continua intacta.
O Oratory visto de pertinho.
Mais outros poucos metros adiante, encontramos um cemitério e uma igreja em ruínas.
O curioso é que encontramos algumas lápides recentes de alguns membros da familia Frizgerard.
Depois de tudo isso, ainda pudemos voltar pra casa apreciando mais ainda as paisagens ao longo do retorno até Dublin, isso porque voltamos por Tralee e subimos em direção a Limerick, e pudemos comtemplar mais campos, montanhas e praia de encher os olhos e é difícil não parar para mais uma foto, e calcular o tempo de retorno se torna complicado.
Claro que sempre há mais um lugar a se ver, um dia a mais que poderíamos ter ficado, mas em resumo a viagem foi perfeita, com os ingredientes certos para uma viagem excelente!
Alguns lugares que deveríamos ter ido:
Gap of Dunloe, Killarney
Cachoeira Torc | Killarney National Park
Skellig Chocolate
Cahergall Stone Fort
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